segunda-feira, dezembro 31, 2007

00:00, 01/01/2008

Mais um ano que acaba,
Mais um ano que começa.
Não será o momento diferente
De todo aquele que termina e principia em cada instante.
No entanto, vestimos uma peça nova, uma peça velha, uma peça azul…
Subimos ao alto de uma cadeira,
Pegamos na maior nota da carteira…
E quando muda a hora:
Um golo de champanhe, 12 passas, um beijo demorado…
Fazemos muito barulho,
Pensamos no ano que passou,
Renovamos os votos para o que começa
E formulamos 12 desejos à pressa.

Mas se a cada minuto, a cada hora, a cada instante,
É o passado que acaba e o futuro que principia…
Enfim, é o agora!

Vale bem trazer para a nossa mente,
Para o presente,
Essa euforia.

E tudo aquilo que queremos ser e fazer,
Ser e fazer.

E tudo o que um dia sonhámos,
Lembrar e fazer por alcançar.

E todas as palavras que pensamos um dia vir a dizer,
Dizer.

E todas loucuras que guardamos para antes de morrer,
Realizar.

E toda uma vida que desejámos viver,
Viver!

sexta-feira, dezembro 28, 2007

"roupa velha..."

Para ler aqui. Obrigada Maria Emília.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

celebração Natalícia

Reserva de São Jacinto - Dezembro 2007


E se este ano celebrassemos o Natal?

Por exemplo...

podiamos deixar o musgo nas florestas,
dar abraços,
fazer da cozinha o ponto de encontro (à hora marcada, todos aparecerem de mangas arregaçadas),
acender muitas velas (em vez de luzes),
convidar quem não é costume,
pensar com carinho em alguém distante,
plantar uma árvore,
assar um pão recheado (diz quem não come carne :-))),
e às crianças contar histórias inventadas...

quarta-feira, novembro 21, 2007

nostalgia...

Torre de Dona Chama - Novembro 2007


Cola-se-me à retina a nostalgia destes olhares...

domingo, novembro 18, 2007

arco-iris...

Bragança - Novembro de 2007

sexta-feira, novembro 02, 2007

quinta-feira, outubro 11, 2007

quarta-feira, outubro 10, 2007

quinta-feira, setembro 20, 2007

lugares mágicos

São Pedro das Cabeças - Castro Verde - Setembro 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

caminho tranquilo

caminho primitivo de Santiago - Agosto 2007

terça-feira, setembro 04, 2007

tempo para escutar os nossos passos...

caminho primitivo de Santiago - Agosto 2007

segunda-feira, setembro 03, 2007

horizontes do caminho

caminho primitivo de Santiago - Agosto 2007

quarta-feira, agosto 29, 2007

postais do caminho

caminho primitivo de Santiago - Agosto 2007

terça-feira, agosto 28, 2007

amanhecer

Caminho Primitivo de Santiago - Agosto 2007

domingo, agosto 26, 2007

caminho

caminho primitivo de Santiago - Agosto 2007

quarta-feira, agosto 22, 2007

adaptação

camino primitivo de Santiago - Agosto 2007

quinta-feira, julho 19, 2007

imperdível


... vale a pena conhecer. É um festival de teatro e tanto!... Começa hoje...

sexta-feira, julho 06, 2007

quarta-feira, julho 04, 2007

quinta-feira, junho 28, 2007

tendências

...para quem gosta de espreitar o futuro.

sexta-feira, junho 15, 2007

Women In Art

Fabuloso! [Obrigada, Rita.]

quarta-feira, junho 13, 2007

a propósito do turismo individual...


...vale apena conhecer BuenaYork! Para quem ousa realizar um sonho...

quarta-feira, junho 06, 2007

turismo individual??

Caros leitores,

Antes de mais, muito obrigada pela Vossa carinhosa companhia nesta minha "janelinha".

Em segundo lugar, permitam-me um atrevimento com este post, trata-se de um pedido de ajuda.

No âmbito de uma pós-graduação que frequento, estou a fazer um mini estudo de mercado sobre Turismo Individual de Lazer em Portugal [viagem sem a companhia de conhecidos na partida para um destino turístico]. Por esse motivo, peço àqueles de vós que, como eu, gostam de viajar, que dispendam apenas 5 minutos do Vosso tempo preenchendo este questionário.

Muito obrigada pela Vossa colaboração.

segunda-feira, junho 04, 2007

instantâneos

Entardecer em Oliveirinha - Novembro 2006

"Ele não tinha casa; vivia numa bola de poeira, brincando com o Universo."

Manuscrito sânscrito antigo - Essential Zen

sexta-feira, junho 01, 2007

em busca do sol...

"Manhã

Abro a janela sobre as açoteias.
A luz é uma indolência universal, despida.
Nos tépidos lençóis de cal varrida
Acordam estremunhadas
Do mesmo sono
Sombras pacificadas
No total abandono
Que a volúpia pedia.
Minaretes alados,
De fantasia,
Desabrocham no ócio dos telhados.
Além, o mar, sonâmbulo, tropeça
Na praia movediça
Onde o dia tem pressa
E a vida tem preguiça.

Albufeira, 19 de Agosto de 1975"
Miguel Torga in Antologia Poética

segunda-feira, maio 28, 2007

contagem decrescente...

camino de Santiago - Agosto 2006

Faltam apenas dois meses para os meus pés voltarem a acariciar as rotas do "camino". Desta vez a aventura começará em terras de Oviedo, no "camino primitivo".

Sabe bem sonhar alto com os futuros companheiros e antecipar os dias simples do caminho (não é C. e R.?)

Até lá, há que caminhar, trabalhar e, claro, continuar a sonhar...

quinta-feira, maio 24, 2007

terça-feira, maio 22, 2007

rumos

Corunha - Janeiro 2007

quarta-feira, maio 16, 2007

há dias em que apetece...

Corunha - Janeiro 2007


... ficar horas a fio sentada. Apenas a ver, cheirar, escutar e sentir. E deixar noutro lado, bem longe do meu refúgio, toda a agitação do dia a dia.

segunda-feira, maio 07, 2007

leituras sobre gentes e lugares...

sobre uma Foz antiga: a Cantareira no início do séc. XX...

"... Esta vila adormecida estava a cem léguas do Porto e da vida. Ali moravam alguns pescadores e marítimos, o António Luís, a Poveira, as senhoras Ferreiras, a D. Ana da Botica e as Capazoiras. E, na Foz e na pensativa Leça, uma gente desaparecida com os navios de vela, os embarcadiços que iam ao Brasil em longas viagens de três meses. As casas, limpas como o convés do navio, espreitavam para o mar, umas por cima das outras. Todas tinham um grande óculo de engonços, para ver o iate ou a barca que partia, ou para procurar anciosamente, lá no fundo, o navio que trazia a bordo o marido ou o filho ausente, e um mastro no quintal para lhes acenar pela derradeira vez. Meu avô materno partiu um dia no seu lugre; minha avó Margarida esperou-o desde os vinte anos até à morte, desde os cabelos loiros que lhe chegavam aos pés até aos cabelos brancos com que foi para o túmulo. Quando os rolos de espuma rebramiam no Cabedelo, apertavam-se os corações no peito, e à luz da candeia rezavam horas esquecidas "pelos que andavam sobre as águas do mar". ..."

Raul Brandão - Os Pescadores

[lindo!]

quinta-feira, maio 03, 2007

amor de lagartixa

foto de Ana Palma - Caramulo - Abril de 2007

quinta-feira, abril 26, 2007

revoluções de Abril

Ontem celebrou-se a passagem de mais um ano sobre a revolução de Abril. Há 33 anos mostrámos ao mundo que para acabar com uma ditadura o sangue se pode sublimar no perfume de uma flor e a natureza bem portuguesa surgiu na sua melhor forma: a do cravo.

Hoje, nós, os filhos da revolução, olhamos este dia com algum distanciamento. Com a visão de quem não teve que pagar pelo bem mais sagrado da humanidade e como tal tem alguma dificuldade em valorizá-lo, ou sequer imaginar a vida sem o ter. Este distanciamento que nos foi oferecido por quem lutou e sofreu por esta liberdade, converte-se em alguma apatia perante outros bens/ valores que não podemos dar por adquiridos mas de que nos vamos escondendo por trás dos (des)confortos de uma vida moderna recheada de distracções (carros, casas, viagens, cursos, carreiras, empréstimos…).


A justiça, a igualdade de oportunidades, a ética, o ambiente, a luta contra a pobreza..., são revoluções por fazer e para as quais temos que acordar deste sono embrutecedor e passar a uma participação mais activa e mais consciente para o mundo em que vivemos.

Em primeiro lugar falo para mim mesma. Para mim que tenho o poder de não desviar o olhar e Ver o mundo em que vivo e Participar com pequenos (grandes) gestos nas mil revoluções que estão por fazer.


E que tal celebrar Abril com uma revolução nova em cada ano, com uma acção que nos aproxime mais do mundo que queremos. Como poderemos mostrar-nos merecedores deste presente sem preço?

quarta-feira, abril 25, 2007

"canção do tempo que passa"

"Não tenho muito tempo para o mar
para nadar no mar para pescar
para nadar e amar não tenho tempo
para outras coisas em ar: o frio aperta
os ossos doem o coração palpita.
Vou pela praia contra o vento mas
sei que tudo agora é sempre assim
contra a corrente o tempo o próprio pensamento
na areia mole os pés vão-se enterrando
já não batem o crawl como batiam
já não logram correr como corriam
e no entanto o tempo agora é de corrida
contra o tempo se corre contra o tempo
contra o tempo se corre e assim se morre
em frente ao mar olhando a desmedida
distância entre a tão curta vida e o amor dela
sobretudo ao crepúsculo quando o mar
nos interpela e nos apela e a caravela
do coração se põe de novo a navegar
mesmo sabendo que já não há partida
e que as rimas em ar estão a acabar
e todo o tempo agora é contra o tempo
e mesmo sem correr só há corrida."

Livro do Português Errante - Manuel Alegre

mas é a paixão pela vida que nos dá o tempo que precisamos.
Daqui um abraço para dois homens jovens: o meu avô (de 85) e o meu pai (de 64 anos).

segunda-feira, abril 16, 2007

coisas

Ao longo da vida vamos acumulando tralhas, coisas, objectos que um dia tiveram sentido e que, apesar de se terem tornado absolutamente inúteis, vamos aguardando. Ou porque nos recordam alguém querido, ou porque esperamos que um dia se tornem úteis de novo. O certo é que estes objectos, cedo ou tarde, se reduzem à sua insignificância de objectos obsoletos e tornam-se apenas mais uma dor de cabeça em alturas como a que vivo no presente, a mudança de casa.

A verdade é que nunca me afeiçoei em demasia a qualquer objecto e sempre separei as pessoas e as memórias dos objectos a elas associados, no entanto, ainda assim, a quantidade de tralha que levo a trás de mim, faz-me recordar com grande saudade aqueles dias em que, no Caminho de Santiago, vivia com uma mochila de apenas 4 quilos, onde guardava uma muda de roupa que todos os dias lavava. Absolutamente prático e, acima de tudo, independente.

… enfim, longe vão esses dias. Amanhã há mais coisas para empacotar.

Declaro este blog temporariamente encerrado para MUDANÇA de COISAS!

sexta-feira, abril 06, 2007

amigos

Merzouga - Abril 2006
Faz amanhã um ano que vos conheci.
Esta foi a viagem que me resgatou...
E não foram as magníficas paisagens por onde passámos que o conseguiram. Foram Vocês, queridos amigos!
Não importa onde estejamos... sei que cada um de nós guardará com um enorme carinho cada momento que vivemos juntos.
No dia sete, sete desconhecidos que éramos, em sete grandes amigos nos tornámos, nos sete dias seguidos mais bonitos que já vivi.
A C. obrigada pelas gargalhadas... A R. obrigada pela força... A Br. obrigada pelo relax.. A I. obrigada pela doçura.. A Bi. obrigada pela valentia.. A J. obrigada por precisares de nós, como eu precisava de vós...
Deste cantinho, envio-vos o meu carinho e a memória... da noite ao relento, dos tajines (horrorosos), da areia em todos os orifícios, dos batuques e das canções, das caminhadas nas dunas, do banho com a água dos bichos, das cores nos mercados, das gargalhadas, das histórias, do banho no hamam, do Ali Baba nas ruas de Rabat, do estamos em rabat ... :-)))
Um abraço com braços de Gigante!

segunda-feira, abril 02, 2007

poema

obrigada k! É simplesmente maravilhoso!

amigos de infância (2)


Há conversas que nos fazem redescobrir estas memórias...
Que prazer era sentar-me como o o Vickie, com os pés em cima da mesa!

sexta-feira, março 30, 2007

amigos de infância














Há memórias de infância que nos deixam uma doce nostalgia. O Petzi é um velho amigo que guardo no baú das memórias felizes.

terça-feira, março 27, 2007

andarilho

sei de um andarilho que me faz amar a música popular...
recomendo Altos Altentes e Sta Bebiana!





cartaz Rui Pedro

quinta-feira, março 22, 2007

primavera em tela

Trabalho de Paulo Villela - (Desvarios) 2002

Para sorrir...

quarta-feira, março 21, 2007

hoje é o teu dia

Carvalho no Caminho de Santiago - Agosto de 2006

árvore amiga,
abro os braços e envolvo-te.
cheiro a tua seiva,
vida que vibra em ti.
sinto que aprecias a minha carícia
e deixo-me ficar.

de mansinho dás-te:
a tua sabedoria,
a profundidade de todo o tempo que viveste…
deixo-me inundar pela tua força
e respiro mais fundo para que entres em mim.
fico em paz.

ao soltar o abraço, beijo-te
e levo-te comigo para onde vou.
já longe, sinto-te sorrir
e sorrio contigo.
É preciso que te amem para que te protejam!

terça-feira, março 20, 2007

retratos

Adoro retratos.
Estes são irresistíveis!

segunda-feira, março 19, 2007

praia em março

Já não me lembrava como é bom roubar os primeiros raios de sol da Primavera e reclamar o seu calor sobre uma toalha de praia, bem junto ao mar, por trás do paredão a enganar o vento. Nos tempos de liceu era frequente a gazeta a propósito de uma praia só para nós e de um sol tímido mas valente. Faltou a coragem para o banho, mas foi bom recordar…

quarta-feira, março 14, 2007

terça-feira, março 13, 2007

vale a pena subscrever...

No dia em que o nosso Chefe de Estado afirma _ "Não podemos desperdiçar 50 ou 52 por cento da nossa capacidade hídrica"_, vale a pena subscrever Sabor livre!

vale a pena ler..

a propósito da subida do nível das águas do mar. E, já agora, andar mais a pé, de bicicleta e transportes públicos. Acender as luzes só quando é preciso. Reciclar. Comprar produtos pouco embalados ou sem embalagem. Fica mais barato e é melhor para esta nossa terra maravilhosa que, de certo, não será reciclável.

costa de la muerte - Janeiro 2007

domingo, março 11, 2007

shitake ao pesto

Aveiro - Março 2007

Adoro cogumelos. Aqui vai uma refeita simples, mas saborosa, que inventei este fim-de-semana:

o pesto:

Um molho grande de folhas de manjericão (o suficiente para o pesto ficar verde); um punhado de pinhões; Grano de Padano (aproximadamente a mesma quantidade que de pinhões); sal; pimenta negra moída na hora; dois dentes de alho; azeite (o suficiente para ficar uma pasta cremosa).

Picar tudo numa picadora e o pesto fica pronto.

os shitake

Shitake de tamanho grande; pesto; uma malagueta vermelha fresca; sal; pimenta negra moída na hora; Grano de Padano (uma lasca generosa por cada shitake).

Lavar os shitake e cortar-lhes o pé. Colocá-los num tabuleiro com a parte inferior do chapéu virada para cima. Salpicar a parte inferior com sal e pimenta e barrar com uma noz generosa de pesto. Partir a malagueta em bocadinhos e colocar um a dois bocadinhos em cada chapéu. Finalizar com uma boa lasca de Grano de Padano. Levar a forno moderado coberto com uma folha de alumínio, que se retira quase no final, apenas para dourar. Deverá ficar pronto em cerca de 30 minutos.

Recomendo pelo menos dois por pessoa. Bom proveito.

quinta-feira, março 08, 2007

mulher de amanhã

porque hoje é o dia da mulher, o meu desejo é que amanhã este dia deixe de ter sentido. a ti, menina das dunas de Merzouga, desejo que venhas a ser o que sonhaste no dia em que vimos os balões chegarem sobre as dunas da tua Merzouga.

menina Berbere - Merzouga - Abril 2006

desejo

olhos fechados,
virados para o alto,
deixo o sol
tocar-me com seus raios.

num desejo de afago,
estico-me.
imagino-me ave.
qual Ícaro,
voo para cima
em busca do calor.

e deixo-me sentir.
ser apenas luz.
fundir-me no azul,
mais leve que uma poeira,
flutuando no ar tépido,
Verão que ainda não chegou.

bê à bá bebé!


vale a pena aprender a ninar os mais pequeninos!

terça-feira, março 06, 2007

sorrir à chuva

porque hoje choveu!

vã antecipação

quando me angustio com o que posso perder amanhã e hoje nada tenho.

segunda-feira, março 05, 2007

caracolink

Fez - Abril 2006

caracóis em fuga, desenrolando poesia...

sábado, março 03, 2007

burrices

el camino - Agosto 2006

"Burro, jumento, asno ou jegue são nomes vulgares de Equus asinus, um mamífero perissodátilo de tamanho médio, focinho e orelhas compridas, utilizado desde tempos pré-históricos como animal de carga.

...

Seu nome veio do latim burrus, que quer dizer vermelho. Acredita-se que foi daí que surgiu a crença de que burros são pouco inteligentes, pois, antigamente, os dicionários tinham capas vermelhas, dando a idéia de que os burros eram sedentos de saber. Outra história diz que numa moeda antiga tinha a imagem de um rei com uma cabeça enorme que não era esperto, que se associou com a cabeça resistente do burro. Porém, também pode ter surgido da lenda grega do rei Midas, que foi tolo a ponto de contradizer a irrevogável palavra do deus Apolo, que foi castigado pelo deus, recebendo orelhas de burro."

Wikipédia

Seja como for, são uns bichos muito simpáticos.

sexta-feira, março 02, 2007

"o rio"


"Uma gota de chuva
A mais, e o ventre grávido
Estremeceu, da terra.
Através de antigos
Sedimentos, rochas
Ignoradas, ouro
Carvão, ferro e mármore
Um fio cristalino
Distante milênios
Partiu fragilmente
Sequioso de espaço
Em busca de luz.

Um rio nasceu. "



Vinicius de Moraes

Marrocos - Abril 2006

quinta-feira, março 01, 2007

a propósito do medo

"Cântico IV

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno."


Cecília Meireles

Há dias em que, sem nada, perco o medo do fim. Depois, triste, renasço para a vida. Então, sem nada querer, a felicidade chega. Pena que logo vem o medo de a perder.


Tardará o tempo em que me bastará a leveza do ser? Tardará a eternidade?

terça-feira, fevereiro 27, 2007

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

just watching

Tate Modern - Fevereiro 2007

sábado, fevereiro 24, 2007

amores intermitentes

esses que me dás,
são luzes,
estrelas cadentes,
que se apagam e acendem e apagam,
uma dança louca,
um luzco-fusco
que me alumia e me entontece,
me aquece e arrefece,
deixando-me para lá da era do gelo,
para lá da primavera,
num tempo que não existe mais.

rainha sempre


Elis,

Foste uma Estrela Cadente. Mas o teu rasto de luz permanece nos nossos corações cada vez que te ouvimos.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

ideias perigosas

“I am sure that the power of vested interests is vastly exaggerated compared with the gradual encroachment of ideas.Not, indeed, immediately, but after a certain interval; for in the field of economic and political philosophy there are not many who are influenced by new theories after they are 25 or 30 years old, so that the ideas which civil servants and politicians and even agitators apply to current events are unlikely to be the newest. But, soon or late, it is ideas, not vested interests, which are dangerous for good or evil.”
KEYNES, General Theory

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

salada de inverno

Aveiro - Fevereiro 2007

A chuva veio lembrar-nos que ainda estamos no Inverno! O sol de ontem não deixava prever este tempo cinzento e frio que nos cobriu hoje todo o dia. De facto, uma surpresa desagradável.

O tempo torna-se assim o pretexto para a busca de prazeres em jeito de consolo. E um petisco é sempre uma compensação para um dia triste. É claro que há que ter cuidado para não ficarmos de consciência pesada (o que normalmente acompanha o peso corpo). Et voilà! Sem mais delongas, aqui vai a minha última invenção. Dá algum trabalho, mas vale a pena.

Ingredientes para duas pessoas:
Meio pacote de rúcola;
Uma embalagem de cogumelos Porto-belo;
Um pimento vermelho grande;
Dois tomates médios maduros, mas de consistência dura;
Duas postas de bacalhau demolhado;
200 grs de miolo de broa de milho (da amarelinha) esfarelado;
Um molho de espargos verdes (fresquinhos);
30 grs de Grano de Padano (ou Parmesão) ralar no momento;
15 azeitonas galegas (não totalmente pretas);
Orégãos;
Flor de Sal;
Pimenta negra ralada no momento;
Azeite de boa qualidade;
Vinagre balsâmico.

Nesta receita nada é difícil, apenas tem muitas fases.

É óptima fria, mas é mais interessante se se conseguir manter o contraste entre os ingredientes frios e quentes. Para tal, recomendo preparar previamente todos os ingredientes frios, para poder empratar assim que os quentes estiverem prontos.

Preparação de frios:
Esfarelar a broa sem a côdea;
Lavar e cortar os tomates em rodelas de meio centímetro;
Descaroçar as azeitonas;
Lavar e cortar os cogumelos em fatias grossas;
Lavar os espargos e cortá-los ao meio;
Lavar o pimento e cortá-lo ao meio,retirando todas as sementes e partes brancas.

Preparação de quentes:
Colocar em forno moderado as duas postas de bacalhau e o pimento cortado ao meio, virado com a pele para cima. Pode ser no mesmo tabuleiro e não necessita de qualquer tempero.

Grelhar os espargos sem qualquer gordura, temperados com flor de sal. Retirá-los ainda semi-crus e colocá-los num prato aquecido no microondas, para não esfriarem.

Grelhar os cogumelos sem qualquer gordura, temperados com flor de sal e pimenta moída no momento, tendo o cuidado de mexer sempre para evitar queimar e retirar quando estiverem grelhados, mas suculentos. Colocar num prato de sopa aquecido no microondas.

Entretanto, retirar do forno o bacalhau e o pimento. Retirar a pele ao pimento e cortá-lo em tiras de meio centímetro e colocar em prato de sopa aquecido. Lascar e retirar as espinhas e a pele ao bacalhau e colocá-lo num prato de sopa aquecido.

Empratamento:
Dispor numa travessa baixa a Rúcula que se tempera com a flor de sal, um fio de azeite e um fio de vinagre balsâmico. Sobre a Rúcula dispor o miolo da broa (reservar um pouco para polvilhar no final). Sobre a broa colocar os tomates cortados, temperá-los com flor de sal, um pouco de azeite, vinagre e orégãos. Sobre os tomates dispor o bacalhau em lascas, ralar pimenta negra por cima e polvilhar com orégãos. Sobre o bacalhau dispor o pimento em tiras, os cogumelos, os espargos e as azeitonas. Temperar com um pouco de azeite e vinagre. Cobrir com o resto da broa e ralar por cima o Grano de Padano.

Servir de imediato, comer e lamber os beiços!!!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

londres


Nunca tive pressa em conhecer Inglaterra e Londres não me seduzia particularmente. Vinha sempre nos últimos lugares da minha lista de prioridades. Tinha a ideia que era um local demasiado sombrio, que os Ingleses tomavam poucos banhos, eram feios (excepto o Jude Low) e frios. Até que conheci as low-cost e, por tão pouco dinheiro, why not?


Constato que às vezes tenho uma certa tendência para acreditar em convicções que me surgem não sei bem porquê mas que, no final, se revelam totalmente infundadas. Silly me!

Londres, não podia ser mais cativante. Na realidade, nunca me senti tanto em casa em outro país. E os Ingleses são tudo menos frios, aliás, calorosamente simpáticos, relaxados, tolerantes, têm estilo e, é verdade, sentido de humor!

A cidade é linda. Prédios fantásticos, o novo e o antigo, coexistem lado a lado numa harmonia espantosa. Jardins a perder de vista, belos back yards… ouve-se o canto dos pássaros por toda a cidade. Cores, muitas cores… E as pessoas, fazem parte de um colorido alegre, onde a diferença é uma virtude nascida da tolerância…

E claro, há animação. Espectáculos não faltam. Comédias, musicais, concertos... os dias do mês não chegam para os ver todos. Para quem tiver oportunidade, recomendo os “39 steps” é de chorar a rir.

Enfim, mas para que estou para aqui a falar, eu devia ser dos poucos seres que viajam que ainda não conhecia esta magnífica cidade…

Londres… Wait for me, I’ll be back soon! E quanto à chuva… Get an umbrella!

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

um salto a Londres..

até já!

saudades do fim do mundo

Dunas Merzouga - Abril 2006
No fim do mundo encontrei-me com o essencial... eu!

terça-feira, fevereiro 06, 2007

41 anos de paixão

B & B (Papá e Mamã)

Olhando para Vós, acredita-se que vale a pena. 41 anos depois, continuam a apoiar-se, a zangar-se e a amar-se como se tivesse sido ontem que deram as mãos prometendo a eternidade. Obrigada pelo Vosso exemplo.

Aqui vai uma canção do Vosso ano (obrigada pela dica "Eu sou"!)...


segunda-feira, fevereiro 05, 2007

o cheiro das cores

O bom..
Rabat - Abril 2006


Rabat - Abril 2006
E o mau..

Tinturaria Fez - Abril 2006

Indústria de lanifícios Fez - Abril 2006

quarta-feira, janeiro 31, 2007

pedra no charco

Atiro uma pedra no charco e espero ouvi-la cair... Fico suspensa no vazio.. Espero ouvir o ploc!

Que tentação é esta que me leva a pegar numa pedra e atirá-la? É como se de repente sentisse que precisava de abanar um qualquer universo. Quem sabe o meu...

sábado, janeiro 27, 2007

leva-me contigo...

Corunha - Janeiro 2007

As minhas pernas são pequenas mas o meu sonho acompanha-te. Voas nas asas do vento e chamas-me _ "Vem...". E eu salto a vedação mais alta correndo atrás de ti. O frio desperta-me. Encho-me de mar e levanto voo... A gaivota lá do alto ri-se de nós. Mas eu e tu somos as aves do momento.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

porto de abrigo

Porto de Malpica - Janeiro de 2007