quinta-feira, novembro 30, 2006

keep it simple

molhe da meia laranja - Aveiro - Novembro 2006

terça-feira, novembro 28, 2006

trilho certo

Vidas e caminhadas,
palavras de mesmo sentido.

Na caminhada,
um carreiro,
uma estrada,
um rasgo na terra feito por pés...
Um princípio, um meio e um fim.
Encruzilhadas,
pedras, buracos e chuva…
E, por vezes, o sol
e belas paisagens.


O caminho é sempre o mesmo,
a caminhada única e irrepetível.

Gostava que no meu caminho
Os sinais fossem setas
E aparecessem com frequência
Para me indicar o trilho certo.


Existirá trilho certo?

segunda-feira, novembro 27, 2006

tempo de chuva

Caminho de Santiago - Agosto 2006

sexta-feira, novembro 24, 2006

paz matinal

Caminho de Santiago - Agosto 2006

quarta-feira, novembro 22, 2006

atlântida

Hoje sei que construímos uma ilha nas águas turbulentas da nossa vida. É um local de morna tranquilidade. Um espaço de encontro, agora que nos sabemos de continentes diferentes. Nessa ilha existem duas pontes. Cada uma une-se a um dos nossos continentes separados. Cada uma é uma saída de emergência que agora sabemos existir. Mas nem só em dias de tempestade as usamos. Todos os dias saímos e entramos por essas portas para a nossa individualidade. Tu tens o teu mundo fora da ilha e eu tenho o meu. Por vezes, quando a ilha se torna demasiado pequena, sair é uma forma de evitar que ela se afunde para sempre. É que a nossa ilha ainda é jovem e em noites de marés vivas fica muito pequenina. No entanto, em cada encontro trazemos uma pedra que colocamos na praia. A cada encontro, a nossa ilha vai crescendo e tornar-se-á mais resistente às marés vivas. Sei porém que nunca deixará de ser ilha. Eu continuarei a ser da Gronelândia e tu da Antártida. Mas a nossa Atlântida está a crescer e em cada dia as pontes serão mais curtas.

terça-feira, novembro 21, 2006

peregrinação

Caminho de Santiago - Agosto de 2006

domingo, novembro 19, 2006

aniversário

foto do "rodas" - eu em Puerto Williams - Chile


Há 33 anos nasci.
O mundo não tremeu.
O mundo não aplaudiu.
Fora os meus mais queridos,
creio até que ninguém reparou.
Como todas as crianças,
fui mais uma que chorando
reclamei o meu lugar no mundo.

33 anos passados,
não fiz o mundo tremer,
não fiz o mundo aplaudir.
E aplausos apenas recebo
a cada 19 de Novembro.

Espanto-me assim por ter nascido,
admiro-me por aqui estar.
Mas não sabendo o motivo
o que importa é que aqui estou
e sem medo digo,
mais 33 quero ficar.

sábado, novembro 18, 2006

alegre fantasia

Costa Nova - Novembro de 2006

A minha terra é bonita. Tão bonita e alegre que que dá vontade de inventar histórias sobre ela para contar às crianças em dias cinzentos. Algo parecido com a história da casa de chocolate que existia no meio da floresta. Só que na minha terra, em vez de serem de chocolate, há casas de chupa-chupa, às riscas de açucar e frutas. Além disso, existem muitas, todas juntas. E estão em sítios onde ninguém se perde, pelo contrário vão lá de propósito. É que ficam entre o mar e a ria. E em dias de sol, brilham em mil cores. De açucar, claro. É assim a minha terra. Uma alegre fantasia.

quinta-feira, novembro 16, 2006

entardecer

Canal de São Roque - Aveiro

quarta-feira, novembro 15, 2006

reencontro

Baixa de Santo António - Aveiro - Novembro 2006

Encontro casual. Amigas de um outro tempo. Rostos já diferentes. Momento de dúvida. Olhares que se iluminam. Caiu o véu das vidas separadas. O passado revive-se na alegria do reencontro.

terça-feira, novembro 14, 2006

aveiro post bike

Ria de Aveiro (Barra) - Novembro 2006

sexta-feira, novembro 10, 2006

imaginar aveiro

Canal da Ria - Aveiro - Novembro 2006

quinta-feira, novembro 09, 2006

alquimia

Hoje tomarei raios de sol como elixir de alegria. O azul do céu inundará os meus olhos pouco habituados à luz. E o perfume a maresia será a alquimia necessária. Nesse momento, renascerá o amor de mim.

Ria de Aveiro (Barra) - Novembro 2006

quarta-feira, novembro 08, 2006

felicidade

Ser feliz é algo extraordinariamente simples, por isso é tão difícil.

Creio que só serei feliz no dia em que me reconhecer esse direito.

segunda-feira, novembro 06, 2006

tempo de medronhos

medronhos em Ervedal da Beira - Novembro de 2005

sexta-feira, novembro 03, 2006

"como escrevo"

"...
Creio nunca ter escrito um verso num quarto fechado ou cujas janelas dessem para uma horrível parede; afirmo-me sempre num pedaço de céu, que o Chile me deu azul e a Europa me dá manchado. Melhoram os meus humores quando fixo os velhos olhos num grupo de árvores.
..."


Gabriela Mistral - Antologia Poética - teorema

vislumbre de verão


Oliveirinha - 2004

quarta-feira, novembro 01, 2006

passos

Neste caminho, nem reparamos nos passos que damos. Olhamos para trás e ondas de tempo apagaram o nosso rasto. No entanto, ainda que imperceptível, algo se ajustou por termos passado.

Amanhã dou um salto e mudo de trilho. Não interessa para onde vou, o que importa é caminhar.