quarta-feira, novembro 22, 2006

atlântida

Hoje sei que construímos uma ilha nas águas turbulentas da nossa vida. É um local de morna tranquilidade. Um espaço de encontro, agora que nos sabemos de continentes diferentes. Nessa ilha existem duas pontes. Cada uma une-se a um dos nossos continentes separados. Cada uma é uma saída de emergência que agora sabemos existir. Mas nem só em dias de tempestade as usamos. Todos os dias saímos e entramos por essas portas para a nossa individualidade. Tu tens o teu mundo fora da ilha e eu tenho o meu. Por vezes, quando a ilha se torna demasiado pequena, sair é uma forma de evitar que ela se afunde para sempre. É que a nossa ilha ainda é jovem e em noites de marés vivas fica muito pequenina. No entanto, em cada encontro trazemos uma pedra que colocamos na praia. A cada encontro, a nossa ilha vai crescendo e tornar-se-á mais resistente às marés vivas. Sei porém que nunca deixará de ser ilha. Eu continuarei a ser da Gronelândia e tu da Antártida. Mas a nossa Atlântida está a crescer e em cada dia as pontes serão mais curtas.

3 comentários:

Anónimo disse...

isto é um estado de paixão...ou estarei enganado?

Anónimo disse...

Uma ilha de... sonho, nina, de sonho!
Um beijo no regresso.

Aldina Duarte disse...

Isto é um estado de descoberta de cada uj no que há de si no outro!?

Até sempre!