Ao longo da vida vamos acumulando tralhas, coisas, objectos que um dia tiveram sentido e que, apesar de se terem tornado absolutamente inúteis, vamos aguardando. Ou porque nos recordam alguém querido, ou porque esperamos que um dia se tornem úteis de novo. O certo é que estes objectos, cedo ou tarde, se reduzem à sua insignificância de objectos obsoletos e tornam-se apenas mais uma dor de cabeça em alturas como a que vivo no presente, a mudança de casa.
A verdade é que nunca me afeiçoei em demasia a qualquer objecto e sempre separei as pessoas e as memórias dos objectos a elas associados, no entanto, ainda assim, a quantidade de tralha que levo a trás de mim, faz-me recordar com grande saudade aqueles dias em que, no Caminho de Santiago, vivia com uma mochila de apenas 4 quilos, onde guardava uma muda de roupa que todos os dias lavava. Absolutamente prático e, acima de tudo, independente.
… enfim, longe vão esses dias. Amanhã há mais coisas para empacotar.
Declaro este blog temporariamente encerrado para MUDANÇA de COISAS!
segunda-feira, abril 16, 2007
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2 comentários:
Cara Nina,
Entendo perfeitamente o que sentes nestas palavras mas, aproveito para dividir contigo a minha experiência após o Caminho. Depois de um mês de mini mochila às costas, regressar à cidade e andar de carteira já se revelava bastante incómodo e principalmente, inútil. Por isso, por uns belos tempos, andava com o indispensável nos bolsos e nada mais. Igualmente, após o regresso, estive uns dias enfiada entre casa e garagem e dei início a um processo de reciclagem! Deitei muita tralha fora! Ah! como me senti bem! Talvez esta seja também uma forma de trazer o Caminho às nossas vida, ao nosso outro caminho.
Boas mudanças de casa e de coisas! Aliás, bom caminho!
Um beijo grande*
Temporariamente.
Então até breve.
Beijinho*
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