"Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste com um pôr do sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo a planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
...."
do Guardador de Rebanhos - Alberto Caeiro
[Obrigada Pessoa!]
1 comentário:
E obrigada a ti, por me o dares a ler. Há muito tempo que não revisitava Pessoa.
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