segunda-feira, outubro 09, 2006

nina

um dia chamaste-me nina. por seres pequenina, disseste. e eu, que pequena não sou, vi ao espelho aquilo que sempre fui e não sabia. foi assim que resgataste a nina lá de dentro, ainda foste a tempo. nina que tanto queria ser crescida, vendo que te agradava, fui ficando: nina no nome, nina no ser, nina na sina. nina, assim, com alma de menina. então, esqueci o nome que me deu minha mãe, por certo não soava tão bem, ou não se colava assim. hoje, tenho para mim uma só certeza, se um dia partires, nina permanecerei.

Castelo de Vide - Setembro 2006

5 comentários:

Aldina Duarte disse...

Mal de quem algum dia fique sem o seu nome levado por alguém que parte!

Até sempre

Unknown disse...

Transformaste "nina" num nome de um texto tão lindo!

Maria Emília disse...

Nina sem medo, só há uma e mais nenhuma!!!

Um grande abraço,

Beijos

£ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

Nina...

Até outro instante!

Anónimo disse...

Lindo texto .. quase canção de NINAR ...