segunda-feira, setembro 18, 2006

amor terreno

Curva no "el Camino" - Agosto 2006
O que gosto em ti?
Por vezes perco-me nesta questão.
Como é possível seguir amando-te
Rumo ao infinito,
Sem saber se em alguma curva
Cósmica te encontrarei de novo?

De certo é porque há razões.
Há um sentido,
Nisto de te amar sem
Ser correspondido.

E penso..
Será o mar que trazes no olhar?
O sol que te doura a pele?
O calor do teu sorriso?
Ou esse odor a maresia?

Mas depois, pensando nisto,
E gostando,
Penso que ainda gosto mais,
Do cabelo que já não tens,
Da curva da tua bochecha,
Ou das brancas que te vão nascendo.
Assim, Deus, tornas-te humano,
E ainda te gosto mais,
Ainda te quero mais.

Essas pequenas marcas,
Que idade vai deixando,
Tornam o meu amor mais terreno,
E ainda mais terno.

E pensando nisto,
Aproximo-te,
Vislumbro-te nessa curva cósmica
Em que só tens cabelos brancos
E uma regalada curva no ventre.
E então, ainda que igualmente terrena,
Lá estou eu junto a ti,
Sempre!..

1 comentário:

Anónimo disse...

AI AI como o amor é belo..... só eu sei como este caminho te vez recordar, mas recordar é viver amiga!